No próximo dia 18 de Julho de 2024, às 14h:30, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), as provas públicas de doutoramento em Ciências da Educação, requeridas pelo Mestre Nicolas Da Silva.  A tese, intitulada  “Apropriação territorial de políticas de educação para a cidadania e para a participação de jovens: Culturas de escola em regiões de fronteira” foi desenvolvida sob a orientação de Sofia Marques, Professora Associada da FPCEUP.

A sessão é pública e de acesso livre a todas as pessoas interessadas.

Júri:
Presidente:  Isabel Menezes, Professora Catedrática da FPCEUP
Vogais:
Fernando Ferreira, Professor Associado do Instituto de Educação da Universidade do Minho.
Idalina Maria Fernandes de Jesus, Professora Auxiliar da Universidade de Sussex, Reino Unido.
Miquel Angel Essomba Gelabert, Professor Catedrático da Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha.
Sofia Marques, Professora Associada da FPCEUP – orientadora.
Preciosa Fernandes, Professora Associada da FPCEUP 
Sofia  Santos, Investigadora da FPCEUP. 

RESUMO:

Este estudo teve como objetivo estudar, em regiões de fronteira de Portugal continental, o modo como políticas de educação para a cidadania e de participação são apropriadas e se essa apropriação se faz de modo territorializado, ou seja, se incluem especificidades com significado no contexto. Neste exercício, colocou-se um foco primordial no contexto escolar e privilegiámos uma análise sobre como aquelas políticas, quer na sua matriz, quer na sua apropriação local, criam oportunidades efetivas de participação jovem e de exercício de cidadania em acordo com as aspirações juvenis nesta matéria.
O estudo procurou aceder às perspetivas de diferentes figuras da escola, como jovens estudantes e coordenadores/as da componente de educação para a cidadania, Perspetivas teóricas no âmbito da participação cívica e política, da educação para a cidadania e das culturas juvenis fundamentam teoricamente este trabalho, para além de aspetos concetuais relacionados com a territorialização e a contextualização em educação e da ação educativa. O estudo desenvolveu-se em três partes, seguindo uma estrutura sequencial: na primeira, estudou-se, em casos selecionados e em profundidade perceções de jovens, e docentes coordenadores da educação para a cidadania; na segunda etapa, focámos a nossa análise nos/as docentes coordenadores; na terceira etapa, procurámos perceber as perceções de jovens dos 29 concelhos supramencionados. Metodologicamente, recorreu-se ao inquérito por questionário, ao grupo de discussão focal, à entrevista semiestruturada e a abordagens participativas com jovens.
Os resultados apontam para formas de implementação diversificada entre escolas, nomeadamente no que diz respeito às prioridades enunciadas, mas também aos projetos e iniciativas promovidas. Para além disso, no que concerne à operacionalização formal, verifica-se que escolas encontram maior consenso, privilegiando abordagens maximalistas e transversais, embora com dificuldades apontadas por docentes e estudantes. Relativamente a aspetos de territorialização, escolas apropriam estas políticas de um modo também ele diversificado.