01-06-2005


30-06-2008


Os dilemas e desafios que se colocam à escola pública para o desenvolvimento e aprofundamento da democracia - nomeadamente no que diz respeito à continuação de estudos para todos e todas na escolaridade obrigatória e a uma sua maior partipação na comunidade escolar - são instantes. A escola pública é frequentada crescentemente por comunidades com culturas específicas: culturas de diferente origem étnica, de diferente origem social, de grupos com experiências de vida diferente no que concerne às relações de género. Como podem as escolas tornar-se espaços de maior e melhor participação e encontrar formas que evitem o abandono escolar e a exclusão, quando estão perante uma diversidade de expectativas, percursos e de experiências de estudantes que a frequentam?  Nesta complexa rede de interrelações e processos diversos, acentua-se a importância de conhecer as perspectivas de jovens e crianças envolvidas nos processos educativos nas escolas. Que experiências têm vivido? Que percursos têm percorrido e vão percorrendo? Que saberes são mais relevantes no seu ponto de vista? Que atravessamentos podemos encontrar, na diversidade étnica, de classe social, de género presentes nas várias perpsectivas? Como se posicionam perante as experiências educativas que vão experimentando? Que conhecimento, reflexão para uma reformulação de práticas escolares nos podem proporcionar a produção de biografias colectivas e individuais? Como pode uma reflexâo a partir de conhecimento partilhado com essas perspectivas relacionar-se com a construção de novas práticas e novos saberes profissionais?\nEste projecto, ao propor-se equacionar, teórica e empiricamente, a construção de percursos biográficos de diversidade social, étnica, de género na escola e na comunidade, procura focar quer a escola, quer as comunidades como realidades heterogénas. Realizar-se-á em escolas do ensino básico e do ensino recorrente e em comunidades e bairros da periferia do Grande Porto e no Norte do País, onde se registam das maiores taxas elevadas de abandono (nomeadamente regiões do Tâmega e Douro, conforme mostra estudo recente (cf. Rosa e Martins 2003, Canavarro et al 2004; Sarmento et al 2000).


PIV – Políticas de Inclusão e Vozes: Diversidade, género e interseccionalidade


FCT - Fundação para a Ciência e para a Tecnologia
POCI/CED/57938/2004


Helena C Araujo


Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas
CIIE/ Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP

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